Se tem uma coisa que é possível dizer com certeza é que 2015 foi o ano delas. A já chamada “Primavera das Mulheres” botou em cheque as mais diversas situações e temas que muitas mulheres tiveram que aguentar caladas durante anos.
Neste novo paradigma, muitas delas puderam pisar nos holofotes e ganhar o espaço e destaque na mídia que durante anos foi negado. Foi pensando nisso que separamos mulheres ou personagens femininas que chamaram nossa atenção em 2015. Se liga:
Cris Bartis e Juliana Wallauer – Podcast Mamilos
Se tem um podcast que você tem que começar a ouvir agora é o Mamilos. Durante muitos anos, o universo do formato em áudio disponibilizado online foi quase que exclusivo para assuntos geeks e nerds e feito por uma grande maioria masculina.
A dupla Cris Bartis e Juliana Wallauer, veio para mudar esse paradigma com um programa semanal que fala sobre os mais diversos temas: Política, cultura, movimentos sociais, entre muitos outros temas polêmicos tratados com muita empatia. Recomendo muito que você ouça o surpreendente episódio sobre Relacionamentos Abusivos.
Angela Merkel
Eleita pela AFP e pela TIME como a figura política mais importante de 2015, a chanceler da Alemanha foi um dos maiores destaques no cenário internacional neste difícil ano que passou.
Chamou atenção do mundo por sua política de portas abertas que levou mais de um milhão de refugiados sírios para o país. O ato é muito significativo, principalmente nesta que é a maior onda migratória desde a Segunda Guerra Mundial na Europa e tem sido um grande desafio para o continente.
Além disso, Merkel liderou muitas das discussões da União Européia para resolver seus problemas internos e foi uma das principais frentes contra o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras e de seu governo de esquerda.
Jessica Jones
Muitos estranharam a escolha de Jessica Jones para ser a primeira obra com uma protagonista feminina da Marvel. Mas não tinha personagem, história ou momento melhores para essa parceria com a Netflix ser lançada ao público.
Jessica é uma anti-heroína que enfrenta um passado traumático, um vício em álcool e um arqui-inimigo sem o menor escrúpulo. Mesmo com super poderes, ela ainda precisa lidar com uma série de desafios pessoais e psicológicos, o que faz dela humana e real.
Mas o que se destaca também é o espaço que a produção abriu para falar de abuso: Seja ele homem com mulher, mulher com homem, mãe com filhos, drogas, álcool… Uma obra madura e que levou Jessica Jones para o alto escalão da Marvel.
Paola Carossela
Existe uma lenda idiota no mundo da gastronomia que diz que um bom chef só pode ser homem. Mentira. Paola Carossela é uma das provas que dá sim para ser mulher e ser uma das melhores chefs do Brasil.
Uma das juradas mais sérias do MasterChef, ganhou destaque no Brasil e ajudou a inspirar meninos e meninas a trabalharem na gastronomia com profissionalismo e respeito.
Além do lado mais formal, mostrou que é engajada com outras questões do mundo. Se posicionou quando surgiram os comentários pedófilos sobre Valentina, participante de 12 anos do MasterChef Junior. Além disso, cozinhou em uma das escolas ocupadas por alunos em São Paulo em apoio a causa dos jovens.
Imperatriz Furiosa
A série Mad Max sempre foi um daqueles filmes “para meninos”. Qual foi a surpresa quando George Miller, o responsável pelos outros três filmes da franquia, lançou esta sequência que coloca o protagonista em pé de igualdade com a Imperatriz Furiosa, interpretada por Charlize Theron?
Não só tem o mesmo tempo de tela, como também é ela quem faz a trama ir para a frente e é tão capaz quanto Max. Consegue resolver seus problemas sozinha e juntos os dois tentam escapar das mãos de Immortan Joe se ajudando o tempo todo.
Uma importante e relevante heroína em uma indústria onde a maioria dos papéis de ação pertencem aos homens.
Maria Julia Coutinho
Em abril de 2015 Maju Coutinho assumiu como meteorologista do Jornal Nacional. Infelizmente, com a chegada dela, surgiram os mais diversos comentários e ataques racistas na internet. O caso mobilizou os usuários e seus próprios colegas de trabalho a repudiarem publicamente as agressões.
Rey
“Por que você precisa me pegar pela mão toda hora?”, pergunta Rey a um Finn em uma cena de “Star Wars: O Despertar da Força”. Essa frase, resume o que vemos da personagem nas próximas duas horas.
A personagem de Daisy Ridley em nenhum momento precisa de ajuda para escapar de seus problemas. Melhor, domina o filme com seu carisma e, ao que tudo promete, vai ser o centro das atenções para os próximos filmes da trilogia.
Mais uma grande heroína de ação que surge e que promete se tornar protagonista da maior série de filmes do cinema.
Viola Davis
Viola Davis foi a primeira mulher negra a ganhar o Emmy de Melhor Atriz, por seu papel no seriado “How To Get Away With Murder”. No discurso de aceitação do prêmio, ela aproveitou para ressaltar como faltam oportunidade para atrizes negras na indústria do entretenimento.
Em uma indústria onde a maioria dos roteiros é escrito por homens brancos, falta oportunidade para que outras etnias consigam papéis principais que não sejam esteriótipos.
Jout Jout
Em um ano, Jout Jout foi de um canal revelação para um dos canais do Youtube mais relevantes da atualidade. A vlogueira se destacou não só por seu bom humor, mas pela forma humana com o qual trata assuntos como relacionamentos abusivos, padrões de beleza, auto-estima, entre outros.
Com 23 anos, é uma prova que dá sim para fazer conteúdo de qualidade no Youtube sem precisar fazer conteúdo raso ou desafios bobos e superficiais.
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