Você já teve aquela sensação de estar apenas “fingindo” saber o que está fazendo, mesmo depois de ser promovido, elogiado ou ter vencido um desafio profissional? Como se fosse só uma questão de tempo até te “descobrirem”? Isso é mais comum do que parece — e tem nome: síndrome do impostor.
Mas aqui vai uma verdade poderosa: o problema pode não ser a falta de preparo. Pode ser sua ideia distorcida sobre o que significa estar “preparado”. E, talvez, o antídoto não seja se tornar um mestre… mas aceitar que você ainda está em jornada.
O que é a Síndrome do Impostor?
- Uma distorção emocional em que a pessoa duvida do próprio mérito, mesmo diante de evidências claras de competência.
- É comum entre profissionais em transição, recém-formados, líderes em início de carreira — e até veteranos em novas funções.
- Está profundamente ligada ao perfeccionismo e à necessidade de validação externa.

Como o perfeccionismo alimenta a Síndrome do Impostor
- A crença de que você precisa “acertar de primeira” paralisa sua iniciativa.
- O medo de errar faz você trabalhar o dobro para parecer competente.
- A constante comparação com especialistas ou colegas mais experientes mina sua autoestima.

A mudança de mentalidade: Do especialista para o viajante
1. Você não precisa dominar tudo agora
Aceite que seu diploma, promoção ou novo projeto não exige perfeição. Eles só exigem disposição para crescer.
2. Ser um viajante é ser ensinável
O viajante não tem todas as respostas — mas está aberto ao novo, pergunta, observa, aprende.
3. Você pode errar (e deve aprender com isso)
Erros não são provas de incapacidade. São dados. São mapas de onde você já passou — e trampolins para onde você vai.
4. Liderança não é sinônimo de onisciência
Grandes líderes não sabem tudo. Mas sabem perguntar, ouvir e montar um time com múltiplos talentos.
5. Sua jornada é válida
Cada degrau da sua carreira é legítimo, mesmo que você ainda esteja descobrindo como pisar nele.

Exercício prático: Troque a frase
De: “Não acredito que me deram esse cargo. Vão perceber que eu não sei o que estou fazendo.”
Para: “Me deram esse cargo porque viram potencial. Estou aqui para aprender e evoluir.”
A síndrome do impostor não é combatida com mais títulos, mais horas extras ou mais autocobrança. O verdadeiro antídoto está em aceitar a jornada como parte do jogo. Pare de tentar parecer o especialista o tempo todo — e comece a viver como o viajante que aprende algo novo a cada passo.

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