Você é daqueles caras que, quando vai viajar, vê o sinal da reserva do tanque de combustível acender e, ao invés de parar no próximo posto, dirige calculando que dá para chegar no seu destino com a gasolina que tem (ou explorar o máximo dela)? Esta matéria é para rever seus conceitos.
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Saiba que isto pode acarretar não só graves problemas para o seu carro, como também oferecer um grande risco de morte para você.
Uma empresa de seguros inglesa apontou que este costume de andar na reserva é muito comum. Segundo ela, todo ano 827 mil pessoas ignoram a luz de advertência de reserva e o carro acaba quebrando por falta de combustível.
Além disso, 25% dos motoristas entrevistados acreditam que podem dirigir por pelo menos mais 65 km quando a luz acende. Outros 2 milhões de motoristas admitem conduzir o veículo com a luz de advertência com frequência, principalmente na esperança de encontrar um posto com combustível mais barato.
Para variar, os homens são os maiores culpados com a economia burra de combustível. Enquanto nós achamos que o carro ainda pode andar cerca de 50 km na reserva, as mulheres apostam que o máximo seja, em média, 38 km. O resultado é que seis em cada 10 motoristas que ficam com o carro na mão são homens.
Se você pensa que andar na reserva só causa o transtorno de ter que empurrar o carro e acionar o seguro, está errado. Confira como você está colocando sua vida em risco.
Um sinalizador não tão confiável assim
O primeiro grande motivo para não confiar no sinal da reserva é que ele varia muito de carro para carro. Tomando como exemplo dois carros apontados na matéria do site Daily Mail, o Mercedes Classe C pode andar por cerca de 75 km; enquanto isso, o Astra Vauxhall não dura mais do que 40 km.
Portanto, é melhor ir direto para o posto mais próximo. Se você não faz, porque você está tentando proteger seu carro de combustíveis não confiáveis ou prefere economizar 10 centavos por litro, tenha isso em mente: acabar com sua gasolina pode causar uma série de prejuízos muito maiores para o seu carro e sua carteira.
Sem combustível no tanque, é provável que muito ar tenha entrado no sistema. Assim, mesmo que você reabasteça o carro, ele pode não funcionar. Nessa hora, o mecânico precisa sangrar o sistema, assim como faz com um radiador avariado. O resultado é que você vai ter que aguardar um bom tempo até resolver todo o problema.
Além disso, como o combustível que fica na parte do fundo do tanque tem mais detritos e sujeira, é muito mais propenso para entupir filtros e bombas. “Pense no fundo do tanque do carro como os 10% finais de uma garrafa de vinho tinto”, resume Ray Sparrow, mecânico por quase 40 anos e que ofereceu dicas à reportagem.
Sistemas de carros mais novos são ainda mais sensíveis a esse tipo de sedimentos.
Há ainda uma consequência bem pior e mais drástica: quando o motor para, a direção hidráulica e freios não funcionam. Ou funcionam de maneira muito pior do que o normal. “Os freios vai exigir muito mais pressão e do volante será como uma chave pesada maciça”, diz o Sr. Sparrow.
Conselhos para seu carro não te deixar na mão
Confira os conselhos que Ray Sparrow ofereceu à matéria no Daily Mail:
– Nunca dirija abaixo de um quarto de um tanque de combustível.
– Quando estiver com pouca gasolina, mantenha a velocidade entre 60 e 80 km/h, evite freada bruscas e picos de aceleração.
– Fique de olho no conta-giros. Mantenha seu motor funcionando entre 2 e 3 mil RPM.
Para quem acha que o Ponto-Morto é uma boa alternativa para economizar combustível, o mecânico não recomenda.
“A economia de combustível no Ponto-Morto é mínima e você ainda perde o controle de aceleração e de freio. Para a economia realmente funcionar, você precisa ficar mais de um minuto com o carro desligado, já que só em ligá-lo você gasta o equivalente a um minuto de combustível com o motor de 2,5 rotações”.
Não é economia gastar 20 centavos a menos hoje e ter que gastar R$ 2 mil amanhã. Isso sem contar na dor de cabeça que uma viagem frustrada trará a você.
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