13 lições para a vida com o livro A Arte da Guerra

Muitos especialistas dizem que se você seguir as estratégias propostas por Sun Tzu, você vencerá qualquer guerra mas, se não escutar seus ensinamentos, provavelmente fracassará.

Getimg | A Arte da Guerra

Escrito durante o século IV a.C pelo estrategista militar chinês Sun Tzu, o tratado A Arte da Guerra é utilizado até hoje em táticas de guerra em vários lugares do mundo. Muitos especialistas dizem que se você seguir as estratégias propostas por Sun Tzu, você vencerá qualquer guerra, mas se não escutar seus ensinamentos, provavelmente fracassará.

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A vitória do norte na Guerra Civil Norte-Americana, o sucesso na invasão da Normandia resultando na vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial, e a derrota dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã são exemplos da importância dos princípios trabalhados na Arte da Guerra.

As estratégias listadas nos 13 capítulos do tratado não são utilizadas apenas por generais e comandantes: líderes de empresas e grandes executivos seguem os ensinamentos de Sun Tzu para alcançar o sucesso profissional.


Confira um vídeo com as 5 Principais lições do livro A Arte da Guerra!

A sabedoria presente nas páginas da Arte da Guerra pode mudar sua percepção de mundo e também te ajudar a conquistar seus objetivos pessoais.

Aplique esses conceitos na sua vida ou, segundo Sun Tzu, você vai acabar lutando na escuridão:

1. Qualquer um pode ser um soldado

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Sun Tzu foi capaz de fazer um exército com apenas 33 mil soldados vencer um inimigo quase dez vezes maior em número de combatentes.

Um dos pontos iniciais de sua estratégia na Arte da Guerra foi transformar civis em verdadeiros soldados partindo do princípio de que com ordens claras, motivação e disciplina, qualquer um poderia lutar como um herói.

2. Conheces teu inimigo e conhece-te a ti mesmo; se tiveres cem combates a travar, cem vezes serás vitorioso

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Na Guerra do Vietnã, os Estados Unidos possuíam uma força bélica imensa e um poder aéreo infinitamente maior que o Vietnã do Norte.

Porém, as tropas americanas não conheciam o inimigo e, além disso, o subjugaram. Enquanto os Estados Unidos investiram em ataques diretos, os vietcongs se esconderam embaixo dos narizes dos soldados norte-americanos; utilizaram inúmeros espiões e ainda descobriram como fazer o próprio povo norte-americano desacreditar na guerra.

Enquanto os vietcongs lutavam com todas as suas forças, os soldados americanos não queriam estar lá. O povo americano também, aos poucos, passaram a desejar que eles voltassem e que a guerra acabasse.

Esse exemplo mostra a importância de não subjugar o inimigo e conhecê-lo extremamente bem para reconhecer suas fraquezas e não atacar onde ele é forte.

Leve esse grande conhecimento da Arte da Guerra para a sua vida: trate seu inimigo como um igual.

3. O intelecto é maior que a força bruta

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A Inglaterra, durante a Segunda Guerra Mundial, apostou em seu sistema de inteligência e trabalhou com técnicas surpreendentes de espionagem.

A operação Ultra, liderada pelo matemático Alan Turing e capaz de decodificar o sistema Enigma de comunicação da Alemanha nazista, foi uma das principais responsáveis pela vitória dos Aliados.

Você pode, sim, vencer um exército muito maior que o seu se pensar e trabalhar com estratégias palpáveis. Você não pode ir para uma batalha sem ter o total conhecimento do que te espera na luta.

Encare sua vida como um jogo de War e não como um tabuleiro de Xadrez. Conquiste territórios, conquiste espaço em vez de atacar diretamente. Em vez de eliminar e matar as peças do tabuleiro, inclua seu exército aos poucos.

4. Não se vence guerras apenas vencendo batalhas

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Para Sun Tzu, a guerra deve ser travada apenas em último caso, apenas se for extremamente necessária e se o seu objetivo com ela for maior e mais importante que as baixas causadas pelo conflito.

Muitas guerras são travadas e, durante as batalhas, o objetivo é esquecido, a meta é ignorada e o exército está focado apenas em vencer batalhas sem lembrar das razões iniciais para estarem ali.

Quando o general Norte-Americano intimou o general Vietnamita do Norte ao fim da guerra dizendo: “Vocês nunca nos venceram no campo de batalha”, a resposta ouvida por ele foi: “Isso é verdade, mas é irrelevante”.

5. Para fazer o seu inimigo se deslocar, atraia-o com uma isca que ele vai engolir

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Uma das estratégias defendidas por Sun Tzu como um dos pilares da vitória é o engodo.

Utilizar iscas, enganar o inimigo, fazê-lo se movimentar no tabuleiro para que você perceba seus pontos fracos são técnicas importantíssimas e fundamentais para vencer.

Se você acredita que seu exército é pequeno quando comparado ao inimigo, faça o exército inimigo se dividir.

Durante a invasão da Normandia na Segunda Guerra Mundial, os Aliados utilizaram iscas para tirar as tropas alemãs de uma situação de emboscada desfavorável ao exercito Inglês.

Esse foi o começo da vitória e o caminho para o Dia D.

Em sua vida, quando acreditar não ter forças suficientes para combater alguém, distraia seu inimigo. Essa estratégia, assim como as outras, vale para situações profissionais, pessoais, debates e discursos públicos.

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6. Ponha os seus soldados diante da morte certa onde não existe escapatória e eles não fugirão nem sentirão medo, não existe nada que não possam realizar

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Quando encaramos a morte certa e estamos em uma situação onde a alternativa à luta é a morte, certamente vamos lutar com todas as nossas forças para vencer.

Quando não existe escolha e não há escapatória, o instinto de sobrevivência e a ideia de “morrer lutando” se aplica perfeitamente.

Você talvez já tenha reparado que sofrer por antecedência não leva ninguém a lugar algum. Por exemplo, você passa dias tenso por causa de alguma prova e acaba não aproveitando as vésperas do exame. Resultado: você sofreu por muito mais tempo.

Teria sido melhor ter deixado a tensão apenas para a hora do exame, quando sua única alternativa seria lutar e vencer. Afinal, se você já estudou e está confiante, para quê sofrer?

Precisa fazer uma prova? Faça. Precisa apresentar uma estratégia em uma reunião? Apresente. Não reclame na véspera. Não ter saída te fará lutar como um guerreiro.

7. Quando o ataque de um falcão fratura o corpo de sua presa é porque a atingiu na hora certa

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Até o melhor planejamento pode falhar se você perder a oportunidade.

O sul, durante a Guerra Civil Americana, tinha uma estratégia certíssima em determinado combate. A oportunidade foi perdida, mas mesmo assim eles quiseram seguir com o plano e atacar.

O resultado foi a vitória do norte.

Você precisa saber a hora certa e reconhecer as oportunidades na batalha. Por exemplo, será que uma campanha inclusiva sobre diversidade sexual funcionaria tão bem se fosse lançada cinco anos atrás?

Será que você deve convidar aquela garota para sair agora, que vocês acabaram de se reencontrar, ou esperar meses para enviar uma mensagem?

8. É essencial para a vitória que o general não seja tolido pelos seus líderes

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Durante a batalha, os generais precisam ter total liberdade e voz para decisões. Uma das razões pelas quais Hitler perdeu a Segunda Guerra Mundial foi seu ego e desejo em ter a voz final para todas as decisões.

Sua cadeia de comando era bagunçada, a marinha e a força área Alemã não eram compatíveis, a estrutura simplesmente não funcionava como deveria e, por isso, os generais não agiam objetivamente.

Para alcançar a vitória, treine e confie na sua equipe.

9. Existem alguns exércitos que não devem ser enfrentados, e algumas posses que não devem ser contestadas

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Você deseja tanto aquela promoção, aquele emprego, aquela mudança para outra cidade que não pensa em como ela realmente será e se ela realmente vai te fazer feliz.

Muitas vezes, você deseja a conquista apenas pela conquista e não por um desejo honesto do objetivo final.

Repense seus objetivos e realmente se imagine vivendo depois de alcançá-lo. Você realmente queria aceitar aquele emprego porque ele te faria feliz, ou você simplesmente queria sair do emprego anterior e, por isso, aceitou qualquer coisa?

Saiba reconhecer seus desejos com um viés crítico. Não haja por impulso.

Às vezes, a melhor maneira de vencer é não lutar.

10. Quando as tropas fogem ou são insubordinadas, caem ou são derrotadas em batalha, a culpa é do general

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A importância de uma ordem didática e clara é fundamental para alcançar o sucesso. Se você for um líder de equipe e traçar uma estratégia difícil de ser compreendida, a culpa da derrota será sua.

Quando você não cuidar do seu time, não acompanhá-lo e não guiá-lo com coerência e dedicação, a culpa da derrota será sua.

Quando o comandante do exército do sul na Guerra Civil Americana, por exemplo, assumiu a culpa pela batalha mais sangrenta já realizada em solo americano, ele estava certo.

11. O segredo, a dissimulação e a surpresa

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Mantenha suas estratégias em segredo, engane o inimigo, utilize simulações, minta e o surpreenda.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a força do Eixo sabia que os Aliados só poderiam invadir o continente por praias específicas.

Utilizando espiões duplos, campanhas de engodo – colocando soldados e realizando movimentos falsos em outra praia – e a inteligência secreta inglesa, os Aliados surpreenderam os Alemães e venceram a guerra.

Não fique sem graça de plantar informações falsas. A importância é vencer, ignore seu orgulho.

12. O exército vencedor percebe as condições para a vitória primeiro e então luta. O exército perdedor luta primeiro e só depois busca a vitória

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Seja crítico ao analisar a situação. Só avance se você tiver total certeza de suas condições para a vitória. Caso o contrário, fique onde está.

O impulso é um dos seus piores inimigos, respire, concentre-se, seja o falcão.

Essa passagem em A Arte da Guerra faz uma clara alusão ao conceito de que você precisa ter o objetivo claro da guerra em mente, para não vencer apenas batalhas sem enxergar o cenário mais amplo.

13. Use um ataque para explorar uma vitória, nunca use um ataque para se recuperar de uma derrota

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É fundamental lutar com a força total. Para isso, não lute cansado, não sobrecarregue seu corpo. Saiba a hora de parar.

Muitas vezes, partimos para uma batalha só por orgulho. Fomos derrotados uma vez e, logo em seguida, precisamos recuperar nossa honra e lutar mesmo esgotados.

Quando fazemos isso, esquecemos o objetivo final e nossa meta com a guerra e nos focamos apenas em vencer uma pequena batalha. Este é o erro e por isso muitas discussões, debates e relacionamentos terminam.

O objetivo final com um relacionamento é fazer o relacionamento funcionar, estar para sempre ao lado daquela pessoa, mas quando queremos compensar alguma briga ou discussão por ego, esquecemos dessa meta e, aos poucos, caminhamos para o fim de um namoro ou casamento.

Esses são apenas alguns dos inúmeros ensinamentos presentes no livro A Arte da Guerra. A interpretação de cada um deles e o profundo conhecimento das razões pelas quais eles funcionam são essenciais para compreender o mundo e vencer suas próprias guerras.

O conhecimento ancestral proveniente da Ásia é capaz, sim, de mudar sua percepção sobre o comportamento humano.

Livro a arte da guerra

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Maria Confort
Maria Confort

Jornalista, cinéfila, fanática por literatura e, por isso, apaixonada pela ideia de entender pessoas.

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