8 coisas que têm afetado relacionamentos durante a pandemia

Muitos relacionamentos têm acabado durante a pandemia. E, um ano depois, os especialistas já sabem dizer quais são os principais motivos.

Relacionamentos têm sofrido com a pandemia - e agora sabemos por quê

Como tem estado seu relacionamento neste último ano? Alguma coisa piorou? Melhorou? Você terminou com alguém durante esse período? O lockdown e as demais medidas de restrição trouxeram com eles uma série de coisas que têm afetado relacionamentos durante a pandemia pelo mundo todo. E muitos dos que não acabaram estão ameaçados.

No Brasil, por exemplo, apenas nos três primeiros meses de lockdown, ainda em 2020, os conflitos conjugais aumentaram 451% segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. No Reino Unido, nos Estados Unidos, na China, na Suécia e em quase todos os países números parecidos tem surgido.

Não é novidade que a pandemia está afetando muitos de nossos relacionamentos (os românticos, os profissionais, os pessoais). Mas só agora advogados, terapeutas e acadêmicos estão começando a ter uma compreensão mais clara dos múltiplos fatores que contribuem para o boom de separações de casais causado pelo Covid-19. Vejamos alguns deles.

Incompatibilidade do casal

Casal incompatível?

Um dos principais motivos de separação apontado por especialistas é a incompatibilidade das pessoas que, de repente, se viram obrigadas a conviver por muito tempo. Geralmente são casais jovens que não haviam experimentado a vida a dois em uma mesma casa e descobrem que têm menos coisas em comum do que pensavam.

Nos relacionamentos desse tipo que têm resistido à pandemia existem conversas claras sobre vida, expectativas e futuro. É importante conhecer a pessoa com quem você está topando viver (hoje e sempre).

Má divisão dos trabalhos domésticos

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A maioria absoluta dos pedidos de divórcio durante a pandemia vem de mulheres. Isso tem sido apontado como um resultado da piora na vida de pais que trabalham em casa durante a pandemia e ainda têm que cuidar do lar e dos filhos. Como a maioria do trabalho recai sempre nas mulheres, mesmo que ambos estejam em casa, muitos casais acabam não aguentando.

O recomendável é que o companheirismo vire lei. O casal deve encarar a pandemia como um desafio em comum, dividindo tarefas e definindo regras para garantir que tudo seja feito. Com filhos, deve-se criar horários para as atividades ao longo do dia e ensiná-los a respeitar o momento de trabalho dos pais.

Saúde mental fragilizada

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O isolamento tem levado ao limite nossa capacidade de plenitude e pode despertar gatilhos que já causavam ansiedade antes mesmo do coronavírus. O estresse do confinamento tende a piorar a situação da sua saúde mental – e não é raro ver alguém descontando no parceiro.

Vale para a vida: evite colocar nos outros a culpa de questões que são suas suas. É importante ter inteligência emocional para saber separar o que é de cada um e o que é da relação. E, neste último caso, ambos devem resolver juntos.

Falta de gentileza

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Acredite, com o tempo isso pode criar rachaduras nos relacionamentos durante a pandemia. A falta de tranquilidade e de educação no lar acaba reforçando desconfianças e alimentando a insegurança. A gentileza ajuda a manter as coisas com afeto mesmo em meio a uma situação estressante. Como fazer isso? Dê sempre “bom dia” e pergunte como a pessoa está, por exemplo.

Dinheiro

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Problemas financeiros são uma das causas mais comuns de conflitos conjugais. Qualquer diminuição de renda aumenta o potencial de desgaste no relacionamento. Afinal, é difícil saber o que priorizar a dois. Demissões ocorridas durante a pandemia também pesaram muito para separações. A autoestima baixa causada pelo trabalho acaba gerando ansiedade, raiva e frustração.

É o problema mais difícil de resolver porque, bom, não há solução imediata. Dê um tapa no currículo e sente com sua parceira ou parceiro para analisar os gastos e ver onde é possível economizar. Algum corte em comum vocês vão encontrar.

Falta de horários bem definidos

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Parte importante da vida sob confinamento foi a criação de rituais de passagem entre a hora de trabalhar e a hora de lazer. O trabalho em home office fez muita gente perder a noção da rotina — e isso atrapalha o convívio com os outros.

Casais que acordam e já ligam seus computadores e não têm hora certa para comer ou descansar tendem a deixar a relação mais tensa. Monte em dupla uma agenda em que haja espaço para refeições decentes e na mesa. Além de períodos de relaxamento e confraternização (um jantar a dois pós-expediente, por exemplo).

Pressão na hora de transar

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Na bagunça das novas rotinas e no meio do estresse é fácil “esquecer” de transar. Se isso acontecer, não se cobre ou cobre a outra pessoa. Criar uma pressão sobre o sexo só o deixa pior, agravando qualquer crise que vocês tenham relacionada a isso.

O sexo tranquilo é fundamental para qualquer relação saudável e mais ainda para relacionamentos durante a pandemia. Por isso ele tem que rolar de maneira natural e harmônica. Use sua criatividade, crie ocasiões em vez de apenas cobrar.

Falta de estímulo

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Mesmo casais fortes que não enfrentavam problemas antes da pandemia e escaparam de mudanças drásticas na saúde, na dinâmica doméstica e na renda também podem ser suscetíveis a separações. Isso porque a pandemia acabou com rotinas bem estabelecidas que criavam conforto, estabilidade e ritmo dentro de casa.

Casais que perdem isso podem sentir dificuldade em buscar estímulo dentro da reação. Por isso é importante, além da manutenção de rotinas saudáveis, encarar tudo como um desafio sendo tocado em família, estimulando seu parceiro ou parceira. Isso vai deixar ambos mais confortáveis.

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Felipe Blumen
Felipe Blumen

Historiador, jornalista de lifestyle e fã de foguetes, Corinthians, gibis e outras bagunças.

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