Perceber que está ficando careca é um dos principais golpes na autoestima do homem e, se você chegou aqui, com certeza se sente inseguro em relação a isso. Como muitos, deve estar pesquisando sobre transplante capilar, o procedimento da moda (embora não seja novidade) para resolver o “problema”. Mas ele vale a pena? No que consiste? É caro? Chegou a hora de responder.
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Metade da população masculina lida com perda de cabelos até os 50 anos, de acordo com um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS). A também chamada alopecia pode ser consequência da genética, dieta, estresse, doenças, desequilíbrio hormonal e uso de medicamentos.
Tantas pessoas são afetadas por esse problema, contudo, que existem diversas formas para evitar a queda dos fios e, até mesmo, voltar a ter cabelo. Parece mentira, né? Mas não é! O transplante capilar pode fazer milagres e é por isso que separamos tudo o que você precisa saber sobre esse tratamento.
Essa realmente é a melhor opção?
Antes de encarar uma cirurgia, vale a pena avaliar se este é o melhor tratamento. Existem diversos métodos menos invasivos para evitar a calvície, entre eles o uso de medicamentos, shampoos especiais e mudança na dieta. A primeira decisão é consultar um médico e conferir a melhor opção para você.
Como é feito o procedimento?
O primeiro transplante capilar foi feito em 1939 no Japão. Depois de algumas décadas de estudos e treino, médicos desenvolveram novos métodos. Hoje, se analisa a situação e se planeja a extração das unidades foliculares de acordo com dois tipos de tratamento: o FUE e o FUT.
Tudo começa com uma análise do seu couro cabeludo e entendendo o que causa a sua queda de cabelos. Fotografias são tiradas durante todas as etapas do tratamento. Nelas, são desenhadas as áreas doadoras e a zona receptora.
“O transplante nada mais é do que a redistribuição dos fios”, explica o dr. Márcio Ravagnani, médico especialista em cabelo. “De uma zona onde tem cabelo, para uma zona onde não tem cabelo. Você extrai um cabelo que não tem a genética da queda e transfere para a região onde tem a calvície”, resume.
O que é o FUE?
Do inglês Follicular Unit Extraction, esta técnica promete não deixar cicatrizes lineares no couro cabeludo. Neste procedimento, uma parte da unidade folicular é retirada da área doadora. Esses folículos tem até 7 fios de cabelos que serão transplantados para a parte sem cabelo.
Este tipo de cirurgia é menos incisiva, já que não há cortes, logo, o tempo de recuperação também é menor. Entretanto, o profissional precisa ter mais técnica e conhecimento, então antes de marcar o transplante capilar, certifique-se de que o seu médico é de confiança.
“A primeira coisa é o planejamento: vamos estudar e quantificar a sua zona doadora”, explica o dr. Ravagnani. “Vamos descobrir quanto cabelo você tem e pode ser extrair. Esse cabelo é extraído com um motorzinho, uma espécie de broca milimétrica. Os fios são extraídos em pequenos grupos e depois implantados com uma ferramenta denominada implanter, que os coloca na direção e angulação que tinham anteriormente”, continua.
O que é FUT?
O transplante capilar FUT, ou Follicular Unit Transplantation, se difere apenas no modo em como as unidades capilares são retiradas. Neste procedimento, uma faixa de cabelo é retirada (geralmente da parte de trás da nuca) e dividida em unidades foliculares de até 3 fios.
A vantagem do FUT é que esse transplante fornece uma maior unidade folicular. Portanto, se o seu objetivo é ter mais cabelo possível, essa é a técnica recomendada.
Recuperação
Não vá achando que o transplante capilar acaba na sala de cirurgia. A recuperação e os cuidados pós-operatórios são essenciais para obter bons resultados. Para isso, preste atenção nas recomendações do seu médico.
Geralmente, é recomendado não lavar o seu cabelo durante os primeiros dias após a cirurgia. E, claro, não use escovas ou pentes, pois a região ainda deve estar se recompondo. Também é recomendado pular a academia ou qualquer tipo de exercício físico pesado por pelo menos uma semana após o procedimento.
“Essa cirurgia tem uns pós-operatórios mais demorados”, alerta o médico. “Com 15 dias você terá uma ideia parcial, já será possível ver alguns fiozinhos; com um mês cai tudo; com três meses você estará apenas com alguns fios; e com 4 meses se inicia o crescimento. Só ao longo de 4 a 12 meses você percebe o resultado completo”, explica.
Parece muito tempo, né? Mas o médico garante que os resultados valem a espera: “Muda demais. Com o transplante, conseguimos acertar as proporções do rosto e dar mais harmonia e jovialidade”, diz.
Tá, mas quanto custa tudo isso?
O dr. Márcio Ravagnani explica que o valor muda dependendo do caso. “O teu caso é estudado profundamente, depende do seu grau de calvície, das características do seu fio e da sua idade. É muito variável”, conclui.
Apesar das variáveis, pode contar com pelo menos R$ 10 mil reais (com sorte) por sessão.
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